8 DE MARÇO: Costureira inspira mulheres de sua família em Jaciara

Cinco horas da manhã. O som da batida da máquina de costura e o vai e vem da agulha em cada peça de roupa são os primeiros sinais do início do trabalho da costureira e da gestora comercial sul-mato-grossense Maria de Fátima Castro de Vasco, 62 anos, no seu ateliê na Avenida Coroados, localizado no Centro de Jaciara.  

Natural da cidade de Dourados (MS), a profissional e mãe, que atua há mais de 20 anos no município, é uma das homenageadas da série de entrevistas da Prefeitura de Jaciara ao mês da mulher, alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado neste dia 8 de março. 

Questionada sobre o conceito de mulher, respondeu: 

“Ser mulher é enfrentar os problemas com vontade própria, com aquela astúcia que só a mulher tem, e que tenta resolvê-los, espontaneamente e delicadamente”. 

Segundo a costureira, criar a filha, as sobrinhas netas, contribuíram para sua evolução pela mulher que se tornou.  

“Eu gosto muito de trabalhar e levanto às cinco da manhã para iniciar o trabalho. Têm dias que vou dormir às 22 horas”, acrescentou. 

Para ela, a mulher tem que estar em qualquer lugar. “Porque a mulher tem  propriedade para isso”, enfatizou. 

Ao falar sobre inspiração no trabalho e de outras mulheres, citou a mãe (falecida), a irmã Rosa Maria, e sua filha Eliene Castro Lira, jaciarense que contribuiu para realizar seu sonho em fazer a faculdade de gestão comercial.   

“Me inspirei  na minha  irmã Rosa Maria, que começou a costurar aos 12 anos de idade.   Hoje, ela tem 52 anos de serviço. Ela mora no bairro Santo Antônio.  Também, a minha mãe, que já não está mais entre nós, foi costureira e trabalhou muito para o nosso sustento.  Além da minha filha, que é uma pessoa guerreira e batalhadora. Ela trabalha em três serviços. Pois ela me incentivou  a fazer o curso de gestão comercial na Eduvale, aos 62 anos”, orgulhou.

Durante a entrevista, Maria de Fátima, ainda falou que sua clientela, conta com pessoas da terceira idade, tanto que algumas são personalidades públicas bem conhecidas e que apreciam o seu trabalho na cidade. 

“A dona Mercedes Verniano, ex-primeira dama do município, por exemplo, é uma das clientes mais queridas que tenho. Também, costuro para a prefeita Andréia Wagner, presto serviço à Saúde, e tantos outros”, completou ao dizer que a prestação de serviço no seu ateliê é bem procurado na cidade.  "A minha  profissão exige-se muito de mim. Por isso, amo o que faço”, complementou. 

“Que todas as mulheres lutem pelos seus ideais. Não há limite em fazer o que goste. Eu provei isso! Me fez sentir muito bem, quando concluí a minha faculdade. Graças a Deus, ainda temos mulheres que ajudam e fortalecem outras para seguirem o seu caminho”, finalizou.