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GERAL: Produtores devem se atentar ao vazio sanitário da soja



Publicado em: 13 de Junho de 2012
Texto: Ascom/Jaciara
Foto: Divulgação / Reprodução

Entre os dias 15 de Junho a 15 de Setembro os produtores de soja deverão respeitar o vazio sanitário da soja em todo território do Estado. A medida foi instituída pela Instrução Normativa 001/2008 do Instituto de Defesa Agropecuária – INDEA/MT. O vazio sanitário da soja é o período de proibição do cultivo de soja e também da eliminação da soja voluntária, ou tiguera, em todo Mato Grosso.

Em safras passadas, percebeu-se que a soja tiguera e o plantio de soja irrigada durante a entressafra favorecia a permanência no ambiente do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da Ferrugem Asiática da soja, causando a incidência precoce desta doença na safra de verão. Portanto essa determinação visa diminuir e/ou retardar o aparecimento deste fungo maléfico à soja.

No município de Jaciara existem 43 produtores de soja cadastradas no INDEA/MT que somam cerca de 36 mil hectares de soja. De acordo com Danniel Lima da Silva Junior, Fiscal Estadual Agropecuário do município, os produtores devem respeitar esse período proibitivo e se atentar principalmente para a soja tiguera, que é aquela planta que germina a partir de grãos perdidos na colheita, e que também caem no derramamento nas rodovias e ficam às margens das propriedades. “A fiscalização será realizada em todas as propriedades durante os 90 dias de vazio sanitário e o produtor está sujeito a multa caso não cumpra o determinado pela Instrução Normativa, enfatiza o fiscal”, comenta Danniel.

Atualmente a multa para quem descumprir o período proibitivo está em torno de R$ 1.480 por hectare com plantas de soja. O Engenheiro Agrônomo alerta ainda para os benefícios que este período pode trazer aos produtores com a redução de gastos com defensivos para combater a doença.  “Dados oficiais apontam que na safra 2011/2012 Mato Grosso chegou a ter quebra de 830 mil toneladas tendo a ferrugem como principal vilão, levando os produtores a terem um prejuízo de R$ 915 milhões, dos quais R$ 315 milhões são referentes ao aumento do custo de produção com o incremento de uma aplicação a mais de fungicida nas lavouras”, ressalta.

Portanto, cabe ao produtor eliminar as plantas de soja durante esses 90 dias para tentar retardar o aparecimento do fungo na próxima safra e consequentemente aumentar os lucros de sua produção, favorecendo assim o crescimento da produtividade em Mato Grosso que é referência mundial na produção de soja.


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